Produção e Avaliação de Trabalhos Acadêmicos
Msc. Lindolfo Martelli
• As instituições ligadas a produção do conhecimento
procuram promover uma consciência generalizada de combate ao plágio e da
prática de técnicas de pesquisa e produção científica.
• O universo acadêmico requer que o aluno tenha um
compromisso ético com a pesquisa e a construção do conhecimento.
• Sempre que o aluno ou docente fizer uso de obras
produzidas por outros autores, é necessário que seja indicado explicitamente o
autor ou fonte utilizada para a construção do trabalho acadêmico.
ENTENDA
O QUE É PLÁGIO
Plágio acadêmico:
• Quando o aluno ou professor se apropriam de
ideias, conceitos, frases, gráficos, imagens, vídeos, ilustrações, trechos de
livros, publicações da internet ou qualquer tipo de produção intelectual de
outro autor sem atribuir créditos, obter permissão de uso ou mencionar a fonte
de pesquisa, estará praticando o plágio acadêmico.
Compromisso acadêmico:
• O acadêmico precisa se conscientizar que no Ensino
Superior é necessário desenvolver o espírito crítico e inovador. Com base na
produção intelectual de outros autores, ele precisa buscar uma condição
intelectual autônoma.
Esta busca depende de obras referenciais que o
capacitam técnica e teoricamente, portanto, é necessário que assuma o
compromisso de mencionar as fontes e seus autores sempre que recorrer a elas na
elaboração de projetos e atividades.
QUANDO
A CÓPIA NÃO É PLÁGIO
Muitos associam cópia ao plágio e na realidade há
situações onde a cópia não é plágio. Isto ocorre quando temos a expressa
autorização do autor para uso da sua obra ou quando utilizamos partes da obra e
atribuímos crédito ao autor.
Para atribuir corretamente a autoria é simples,
basta mencionar o nome do autor e se possível a fonte pesquisada.
Atribuição
de créditos autorais
• As normas científicas de citação facilitam a
indicação e atribuição de autoria.
• Os casos de paráfrases e paródias também não
configuram o crime de plágio, pois existe a premissa de que se trata de uma
leitura particular, baseada no trabalho de outro autor.
• Em todos os casos sempre será necessário que
esteja explícito exatamente quem é o autor ou o que está sendo utilizado, desta
forma estaremos amparados pelo Art. 46 da Lei de Direitos Autorais.
TIPOS
COMUNS DE PLÁGIO
Integral: cópia
exatamente igual a original, “ipsis literis”.
Parcial: cópia
de fragmentos ou “bricolagem” de trechos de uma ou mais obras sem menção do(s)
autor(es).
Conceitual: quando
a ideia ou conteúdo de uma obra é escrita de outra forma sem menção do autor.
ATRIBUIÇÕES
DE CRÉDITOS
Exemplos:
Uso integral do texto: Numa
sociedade sinóptica de viciados em comprar/assistir, os pobres não podem desviar
os olhos; não há mais para onde olhar. Quanto maior a liberdade na tela e
quanto mais sedutora as tentações que emanam das vitrines, e mais profundo o
sentido de realidade empobrecida, tanto mais irredutível se torna o desejo de
experimentar, ainda que por um momento fugaz o êxtase da escolha. Quanto mais
escolha parecem ter os ricos, tanto mais a vida sem escolha parece insuportável
para eles.
Citação integral do texto,“ipsis
literis”: segundo a ABNT citações com mais de 3 linhas devem ter recuo de 4cm
da margem e fonte menor. Sempre citar o autor/obra.
Numa sociedade sinóptica de viciados em
comprar/assistir, os pobres não podem desviar os olhos; não há mais para onde
olhar. Quanto maior a liberdade na tela e quanto mais sedutora as tentações que
emanam das vitrines, e mais profundo o sentido de realidade empobrecida, tanto
mais 4 cm irredutível se torna o desejo de experimentar, ainda que por
um momento fugaz o êxtase da escolha . Quanto mais escolha parecem ter os
ricos, tanto mais a vida sem escolha parece insuportável para eles. (BAUMAN: 2001,
p. 104)
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade
Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
Uso de paráfrase - Nesta
sociedade sinóptica de consumidores que estão acostumados a comprar a partir do
estímulo visual, os pobres não podem desviar os olhos; não tem outra
alternativa . Quanto maior a liberdade em poder assistir o que quiser e quanto
mais tentadora sejam as vitrines das lojas e mais profunda a consciência da
pobreza, maior é o desejo de experimentar, ainda que por breve lapso de tempo a
alegria da escolha. Quanto mais possibilidades de escolha parecem ter os ricos,
tanto mais a vida sem escolha parece insuportável para eles.
Paráfrase:
consiste na interpretação de várias partes do texto, descritas com as próprias
palavras. Frequentemente são utilizadas “aspas” ou itálico para indicar as partes
do texto que pertencem a outro autor, seguido da referência.
Segundo Zygmunt Bauman (2001, p.104) nesta “sociedade
sinóptica” de consumidores que estão acostumados a comprar a partir do estímulo
visual, os pobres não podem desviar os olhos; não tem outra alternativa. O
autor afirma que quanto maior a liberdade em poder assistir o que quiser e quanto
mais tentadora sejam as vitrines das lojas e mais profunda a consciência da
pobreza, maior é o desejo de experimentar, ainda que por breve lapso de tempo a
alegria da escolha.
Quanto mais possibilidades de escolha parecem ter os
ricos, tanto mais a vida sem escolha parece insuportável para eles.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade
Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
Uso conceitual - A
sociedade em que vivemos esta saturada de mídias que incentivam o consumo
desenfreado. Compra-se mesmo que não exista a necessidade real de uso, uma
espécie de vício que seduz a todas as classes sociais.
A televisão exerce um papel relevante nesta
sociedade de consumo, porém a maior frustração recai sobre os pobres que
possuem liberdade para consumir a mídia mas não tem condições de consumir os
produtos. Quanto maior a consciência de que pertence a uma classe empobrecida
maior o desejo de usufruir de bens de consumo relegados aos abastados.
Conceitual: consiste
na utilização da ideia ou conceitos do autor e escritos com outras palavras. O
autor/obra deve ser indicado.
A atual sociedade esta saturada de mídias que
incentivam o consumo. Compra-se mesmo que não exista a necessidade real de uso,
uma espécie de vício que seduz a todas as classes. A televisão exerce um papel
relevante nesta sociedade de consumo, porém a maior frustração recai sobre os
pobres que possuem liberdade para consumir a mídia mas não tem condições de
consumir os produtos. Quanto maior a consciência de que pertence a uma classe
empobrecida maior o desejo de usufruir de bens de consumo relegados aos
abastados (BAUMAN: 2001,p. 104).
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade
Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
Em: Links Intressantes (a direita) foi postado um site que explica como se deve fazer as referencias de forma adequada.