segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Produção e Avaliação de Trabalhos Acadêmicos


Produção e Avaliação de Trabalhos Acadêmicos
Msc. Lindolfo Martelli

• As instituições ligadas a produção do conhecimento procuram promover uma consciência generalizada de combate ao plágio e da prática de técnicas de pesquisa e produção científica.
• O universo acadêmico requer que o aluno tenha um compromisso ético com a pesquisa e a construção do conhecimento.
• Sempre que o aluno ou docente fizer uso de obras produzidas por outros autores, é necessário que seja indicado explicitamente o autor ou fonte utilizada para a construção do trabalho acadêmico.

ENTENDA O QUE É PLÁGIO

Plágio acadêmico:
• Quando o aluno ou professor se apropriam de ideias, conceitos, frases, gráficos, imagens, vídeos, ilustrações, trechos de livros, publicações da internet ou qualquer tipo de produção intelectual de outro autor sem atribuir créditos, obter permissão de uso ou mencionar a fonte de pesquisa, estará praticando o plágio acadêmico.

Compromisso acadêmico:
• O acadêmico precisa se conscientizar que no Ensino Superior é necessário desenvolver o espírito crítico e inovador. Com base na produção intelectual de outros autores, ele precisa buscar uma condição intelectual autônoma.
Esta busca depende de obras referenciais que o capacitam técnica e teoricamente, portanto, é necessário que assuma o compromisso de mencionar as fontes e seus autores sempre que recorrer a elas na elaboração de projetos e atividades.

QUANDO A CÓPIA NÃO É PLÁGIO
Muitos associam cópia ao plágio e na realidade há situações onde a cópia não é plágio. Isto ocorre quando temos a expressa autorização do autor para uso da sua obra ou quando utilizamos partes da obra e atribuímos crédito ao autor.
Para atribuir corretamente a autoria é simples, basta mencionar o nome do autor e se possível a fonte pesquisada.

Atribuição de créditos autorais
• As normas científicas de citação facilitam a indicação e atribuição de autoria.
• Os casos de paráfrases e paródias também não configuram o crime de plágio, pois existe a premissa de que se trata de uma leitura particular, baseada no trabalho de outro autor.
• Em todos os casos sempre será necessário que esteja explícito exatamente quem é o autor ou o que está sendo utilizado, desta forma estaremos amparados pelo Art. 46 da Lei de Direitos Autorais.

TIPOS COMUNS DE PLÁGIO
Integral: cópia exatamente igual a original, “ipsis literis”.
Parcial: cópia de fragmentos ou “bricolagem” de trechos de uma ou mais obras sem menção do(s) autor(es).
Conceitual: quando a ideia ou conteúdo de uma obra é escrita de outra forma sem menção do autor.

ATRIBUIÇÕES DE CRÉDITOS

Exemplos:
Uso integral do texto: Numa sociedade sinóptica de viciados em comprar/assistir, os pobres não podem desviar os olhos; não há mais para onde olhar. Quanto maior a liberdade na tela e quanto mais sedutora as tentações que emanam das vitrines, e mais profundo o sentido de realidade empobrecida, tanto mais irredutível se torna o desejo de experimentar, ainda que por um momento fugaz o êxtase da escolha. Quanto mais escolha parecem ter os ricos, tanto mais a vida sem escolha parece insuportável para eles.

Citação integral do texto,“ipsis literis”: segundo a ABNT citações com mais de 3 linhas devem ter recuo de 4cm da margem e fonte menor. Sempre citar o autor/obra.
Numa sociedade sinóptica de viciados em comprar/assistir, os pobres não podem desviar os olhos; não há mais para onde olhar. Quanto maior a liberdade na tela e quanto mais sedutora as tentações que emanam das vitrines, e mais profundo o sentido de realidade empobrecida, tanto mais 4 cm irredutível se torna o desejo de experimentar, ainda que por um momento fugaz o êxtase da escolha . Quanto mais escolha parecem ter os ricos, tanto mais a vida sem escolha parece insuportável para eles. (BAUMAN: 2001, p. 104)
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

Uso de paráfrase - Nesta sociedade sinóptica de consumidores que estão acostumados a comprar a partir do estímulo visual, os pobres não podem desviar os olhos; não tem outra alternativa . Quanto maior a liberdade em poder assistir o que quiser e quanto mais tentadora sejam as vitrines das lojas e mais profunda a consciência da pobreza, maior é o desejo de experimentar, ainda que por breve lapso de tempo a alegria da escolha. Quanto mais possibilidades de escolha parecem ter os ricos, tanto mais a vida sem escolha parece insuportável para eles.

Paráfrase: consiste na interpretação de várias partes do texto, descritas com as próprias palavras. Frequentemente são utilizadas “aspas” ou itálico para indicar as partes do texto que pertencem a outro autor, seguido da referência.
Segundo Zygmunt Bauman (2001, p.104) nesta “sociedade sinóptica” de consumidores que estão acostumados a comprar a partir do estímulo visual, os pobres não podem desviar os olhos; não tem outra alternativa. O autor afirma que quanto maior a liberdade em poder assistir o que quiser e quanto mais tentadora sejam as vitrines das lojas e mais profunda a consciência da pobreza, maior é o desejo de experimentar, ainda que por breve lapso de tempo a alegria da escolha.
Quanto mais possibilidades de escolha parecem ter os ricos, tanto mais a vida sem escolha parece insuportável para eles.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

Uso conceitual - A sociedade em que vivemos esta saturada de mídias que incentivam o consumo desenfreado. Compra-se mesmo que não exista a necessidade real de uso, uma espécie de vício que seduz a todas as classes sociais.
A televisão exerce um papel relevante nesta sociedade de consumo, porém a maior frustração recai sobre os pobres que possuem liberdade para consumir a mídia mas não tem condições de consumir os produtos. Quanto maior a consciência de que pertence a uma classe empobrecida maior o desejo de usufruir de bens de consumo relegados aos abastados.
Conceitual: consiste na utilização da ideia ou conceitos do autor e escritos com outras palavras. O autor/obra deve ser indicado.
A atual sociedade esta saturada de mídias que incentivam o consumo. Compra-se mesmo que não exista a necessidade real de uso, uma espécie de vício que seduz a todas as classes. A televisão exerce um papel relevante nesta sociedade de consumo, porém a maior frustração recai sobre os pobres que possuem liberdade para consumir a mídia mas não tem condições de consumir os produtos. Quanto maior a consciência de que pertence a uma classe empobrecida maior o desejo de usufruir de bens de consumo relegados aos abastados (BAUMAN: 2001,p. 104).
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

Em: Links Intressantes (a direita) foi postado um site que explica como se deve fazer as referencias de forma adequada.

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